sábado, 16 de setembro de 2006

Nintendo anuncia seu novo brinquedinho.

Vi no TechGuru.

Nesta quinta-feira (14/09), foi anunciado oficialmente que o novo videogame da Nintendo, o Wii, chegará aos EUA no dia 19 de novembro (US$ 250 ou cerca de R$ 538), no Japão, no dia 02 de dezembro (25 mil ienes ou cerca de R$ 459), na Europa, no dia 8 do mesmo mês (249 euros ou R$ 678) e, o melhor de tudo, o console está previsto para chegar ao Brasil também em dezembro. Bonito e barato, o Wii é, mas cabe a pergunta: ele estará à altura das expectativas dos fãs de videogame?

Para responder esta pergunta, vamos começar pelos pontos pró do console: processador (Power Broadway, da IBM) que torna o console compacto, barato e de baixo consumo de energia; um joystick revolucionário (Wii-Remote), com um sensor de movimentos realmente eficiente e que promete mudar o conceito de jogabilidade; um serviço de Internet (Wii Connect 24) que chega para bater de frente com o Xbox Live, retrocompatibilidade (via download) com games de consoles clássicos, como o NES de oito bits, o Mega Drive da Sega e o PC Engine da NEC; recurso de conectividade sem fio (Wi-Fi Connection) para partidas multiplayer; compatibilidade com TVs em alta definição, além de uma maior aposta da Nintendo em jogos de sucesso que antes só existiam para o Xbox e o PS3. A série "Call of Dutty", e alguns games da Eletronic Arts são bons exemplos.

Agora, como nada é perfeito, os pontos contras: o poder de processamento gráfico do Wii é inferior se comparado com seus concorrentes, o que pode limitar certas experiências dos jogos, principalmente se um título for lançado tanto para o Wii quanto para o PS3 e o Xbox 360. Seu joystick é revolucionário? Sim! Mas, certamente deve limitar a jogabilidade em muitos títulos. E quem quiser optar por um controle mais tradicional, terá de comprá-lo à parte. Ou seja, despesas adicionais! O Wii também não rodará DVD, enquanto o PS3 simplesmente aceitará o Blu-ray.

Mas, o principal defeito do Wii é uma política que a Nintendo iniciou no seu N64, continuou no GameCube e, pelo menos inicialmente, seguirá em seu novo console: o desenvolvimento de jogos que privilegiam uma determinada faixa etária e que transformaram seus videogames em algo voltado para crianças e adolescentes. Tudo bem, sabemos que games como a série Mario ou Zelda, entre outros clássicos, arrebataram e continuarão a atrair fãs no mundo inteiro, mesmo porque são jogos divertidos. Mas a companhia japonesa insiste em desenvolver uma gama de títulos que não despertam o menor interesse nos mais crescidos – responsáveis por uma bela fatia de consumo do setor de games – que acabam migrando para seus concorrentes. Alguém dúvida que essa estratégia tenha sido um dos fatores primordiais para a Big N perder sua hegemonia para Sony nos últimos anos?




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